Descobri em casa, dia desses, uma caixa com a pastinha de cartões de visita organizados com tanto esmero – e outros tantos empilhados embaixo dela. Contemplei um a um e fiquei surpresa por lembrar-me das pessoas e das ocasiões em que fui apresentada aos donos daqueles retângulos de papel.
Dezenas de cargos, telefones e e-mails certamente desatualizados. Por onde andarão aquelas pessoas? Teria algum cartão meu perdido em alguma gaveta do escritório de alguém? E de qual época, de quando fui repórter de rádio, site, revista ou jornal?
Brinquei com uma colega com a qual retomei contato nessa semana que o “trocar cartões” da era digital é o “conectar” do LindekIn. Muito mais prático, não empoeira e possibilita acompanhar a carreira alheia.
Sou um pouco old school para algumas coisas: confesso que gostava de ter cartão, embora não use mais. Lembro-me do cheiro da última remessa que tive, do jornal, e da dor no coração quando joguei os recém-impressos cartõezinhos no lixo (reciclável) da redação ao pedir demissão para migrar para assessoria de imprensa.
Esse meu apreço começou lá pra 1997, quando ganhei meu primeiro “cartão de visita”, em uma ação de marketing do provedor de internet. O cartãozinho com meu nome e e-mail era objeto de orgulho para a adolescente que se achava gente grande.
Na época mal usava o computador, tampouco imaginaria que, alguns anos depois (ok, fiz as contas e são muitos anos, mas deixa a jovem em mim acreditar que foi menos de uma década rs) tantas coisas passariam a acontecer dentro daquela telinha, inclusive essa troca de contatos.
A Laís adulta fez a limpa na caixinha dela e passou a enxergar a rede profissional com outros olhos. E você, ainda usa cartão de visitas impresso? Tem um baú recheado dessas relíquias? Alguém tem algum cartão meu guardado por aí?rs