Há exatos dois anos, o Open Finance chegou e mostrou o seu potencial ao entrar no dia a dia dos brasileiros. O país, de lá pra cá, tornou-se referência mundial e encabeça a evolução do sistema. Com o avanço da adesão da sociedade e de instituições financeiras, o conceito é, agora, ampliado para abranger outras áreas que não a bancária, com um modelo simples, dinâmico e democrático.
Adeptos a novidades digitais e ávidos pelas vantagens oferecidas pelo sistema financeiro aberto, os brasileiros entenderam o leque de possibilidades que se abrem com o Open Finance e já somam mais de 9,6 milhões de consentimentos ativos para o compartilhamento de dados. Cerca de 3,6% da população economicamente ativa do país aderiu ao sistema em apenas seis meses – algo quatro vezes mais rápido do que no pioneiro Reino Unido. Enquanto a maioria do mundo ainda pratica o Open Banking, o Brasil já conseguiu avanços como a agenda de implementação e evoluiu para o Open Finance, com escopo maior do que só dados bancários.
Por aqui, o início da implementação do Open Finance na fase de compartilhamento de dados abriu espaço para a de inteligência de dados, passo fundamental para as análises e entendimento das necessidades dos indivíduos. Métricas concretas possibilitam uma visão mais ampla, segura e rápida da vida financeira dos clientes e o posterior desenvolvimento de soluções que atendam às demandas. Os usuários, por sua vez, recebem melhores serviços, produtos e experiências e ganham poder de decisão, graças à competitividade. Sem falar no acesso ao crédito de forma mais justa e com melhores taxas. Não à toa, foram contabilizadas 2,7 bilhões de chamadas de APIs (Application Programming Interface) – as consultas feitas pelas instituições bancárias sobre os dados financeiros – segundo o relatório oficial mais recente do Banco Central sobre o primeiro semestre de 2022.
Agora, em 2023, passamos para a jornada de amadurecimento e a ampliação da abrangência do sistema de banco aberto para setores como seguros, investimentos e imobiliário. Essa consolidação ocorre também por meio de empresas de inteligência de dados como a Quanto, que transforma o Open Finance em resultados de negócios. Primeira ITP autônoma autorizada pelo Banco Central a operar, a Quanto extrai insumos para a construção de soluções financeiras personalizadas. Também ajuda empresas a mais do que só coletar dados de Open Finance, ir além e usá-los para conhecer melhor seus clientes e tomar decisões mais precisas.
A simetria no ecossistema financeiro gera evolução e vantagens em diversas pontas, tanto no universo bancário quanto no corporativo e até no social. Cerca de R$ 94 bilhões poderão ser concedidos em crédito a pessoas físicas nos próximos cinco anos graças ao Open Finance, segundo a Serasa Experian, na Pesquisa Impactos do Open Banking no Mercado de Crédito. Assim, a roda da economia gira e mais pessoas têm acesso a bens de consumo e à realização de seus sonhos. É um processo contínuo e sem volta, assim como inovações como o PIX e digitalização crescente de todos os meios de pagamento. 2023 é o ano do Open Finance guiar as empresas para as reais necessidades de seus clientes e fornecer ainda mais embasamento em suas decisões de negócios, uma vez que será o principal diferencial competitivo nos próximos anos.
Por Christine Fadel*, CBO na Quanto
* Christine Fadel é Chief Business Officer (CBO) na Quanto. É formada em administração, possui 17 anos de experiência e lidera a equipe de negócios na empresa de tecnologia para Open Finance.
Sobre a Quanto
A Quanto é uma empresa de inteligência de dados que transforma o Open Finance em resultados de negócios. Em um ambiente seguro, é possível compartilhar dados e extrair insights para entender melhor o perfil de cada consumidor e construir soluções financeiras mais personalizadas. Em operação desde 2020, a Quanto levantou a Série A de US$ 15 milhões, em uma rodada liderada por Bradesco, Itaú Unibanco, Kaszek Ventures e Coatue. Saiba mais em quan.to.