Arborus lança plataforma e promove negócios de impacto ambiental com financiamento coletivo; pequenos investidores ganham acesso a ofertas e a retorno pessoal e financeiro

A preocupação com o meio ambiente aliada à possibilidade de gerar bons retornos para os investidores motivaram a criação da Arborus Crowdfunding, primeira plataforma de financiamento coletivo focada em economia verde do Brasil. A fintech é especializada em negócios de impacto ambiental, fomentando o crescimento deles enquanto dá acesso aos pequenos investidores às ofertas, para que também possam contribuir com a preservação do planeta e ter lucro.

“As pessoas não querem apenas retorno financeiro; elas querem fazer diferença, desejam que o dinheiro delas promova o bem. E se o investidor não tiver esse olhar não vai ter mundo suficiente para suprir todas as necessidades humanas no futuro”, diz Gabriel Dias, sócio-fundador da Arborus. Com o mesmo intuito, a plataforma iniciou suas operações em 2021, após ser autorizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regulamenta o setor.

A arrecadação de recursos por plataformas de crowdfunding cresceu 61% em 2022 – passando de R$ 130 milhões para R$ 210 milhões –, segundo a CVM, valor bem alocado se fosse direcionado para causas de impacto positivo. O funcionamento da Arborus lembra ao de outras vaquinhas virtuais, mas tem características próprias que o diferenciam. Os projetos são selecionados a dedo para garantir os critérios de sustentabilidade e impacto ambiental e social e mitigar os riscos dos investidores. A diligência inclui análise de propósito e sinergia do empreendimento, integridade e viabilidade econômica. Tudo isso sem deixar de lado a perspectiva de rentabilidade.

Além de levantarem capital em um prazo menor e com menos burocracia do que em uma rodada de investimentos, as empresas são apresentadas ao mercado e ao público. “A captação por crowdfunding permite não apenas o acesso ao financiamento para estruturar e alavancar o negócio como também a recursos humanos – investidores participativos, que ajudam com networking e ideias. Nosso propósito é unir esses dois atores que dificilmente se encontrariam: o empreendimento de impacto promissor e o pequeno investidor, que deseja alocar parte do seu patrimônio nesses negócios, mas não tinha um canal adequado e seguro para fazê-lo”, afirma João Emmanuel Cordeiro Lima, cofundador da plataforma.

Para quem investe, a Arborus facilita o acesso ao ecossistema de inovação e à diversificação da carteira, com aportes de baixo valor, que variam de acordo com a captação. A fintech está em sua segunda rodada de ofertas públicas, sendo que, na primeira, o investimento mínimo foi de R$ 690 e, na segunda, de R$ 1.350. “Com pouco é possível fazer a sua parte. Acreditamos que cada um tem o poder de mudar o mundo, então nascemos para revolucionar as formas de financiar e promover empreendimentos lucrativos que contribuam com a redução dos impactos ambientais e melhorem o nosso planeta”, diz o sócio-fundador.

A resolução 88 da CVM, que aumentou teto de captação de R$ 5 para R$ 15 milhões, estimulam o equity crowdfunding e o surgimento de novos negócios de impacto. “A CVM está modernizando, entende que esse tipo financiamento é importante para manutenção da economia, para que as startups possam crescer e avançar no mercado”, avalia Dias. Ele cita a permissão das transações subsequentes e o sandbox regulatório de mercado secundário e o consequente aumento de liquidez.

No primeiro investimento coletivo disponibilizado pela Arborus foram captados R$ 695.520, e a meta da rodada em andamento é de R$1.080.000. A previsão de Dias é a de capitalizar mais quatro negócios de impacto até o fim de 2024 e levantar cerca de R$ 5 milhões. “Empreendimentos sustentáveis são tão ou mais rentáveis que os tradicionais. O retorno vai além de dinheiro: vem em forma de satisfação pessoal e proteção ao meio ambiente, que são inestimáveis”, arremata.

Sobre a Arborus

Plataforma de equity crowdfunding focada no financiamento coletivo de negócios de impacto. Criada em 2021 por João Emmanuel Cordeiro de Lima e Gabriel Dias, a fintech possibilita investimentos em projetos que contribuem com o meio ambiente e geram lucro, em operações reguladas pela CVM.