Wanghley Soares abre mão da Unicamp e da UFMG para estudar na Duke University e ser reconhecido por pesquisas médicas com tecnologia

O nome dele é único, assim como a marca que quer deixar na sociedade e as conquistas que já acumula aos 19 anos. O jovem Wanghley Soares cresceu na área rural de Brasília, dedicou-se aos estudos e a pesquisas de informática aplicadas a doenças degenerativas – área em que quer atuar. Com apoio da Crimson Education (www.crimsoneducation.org), ele acaba de ganhar bolsa de estudos na Duke University – a 9ª melhor universidade dos EUA e a 23ª do mundo – para acumular conhecimentos e deixar sua marca.

“Adoro a integração entre engenharia, informática com a saúde, a relação humano-computador. Quero fundar uma empresa de tecnologia de área médica, que seja reconhecida e que faça diferença, esteja ligada a empreendimento social. É uma forma de retribuir tudo o que está sendo investido em mim”, diz Wanghley, que vai cursar engenharia elétrica e da computação na renomada instituição americana.

Filho de auxiliar administrativo e de agente comunitária de saúde, o brasiliense parecia predestinado à carreira: seu nome é uma homenagem a um cientista de teorias evolucionistas que seu pai se recorda de ter estudado na escola. Wanghley, no entanto, é um só. “Pode olhar nas redes sociais ou na internet que não tem outro com mesmo nome. É complicado, diferente, só tem eu”, garante.

As aptidões despontaram já na infância: aos dez anos, construiu um alimentador automático para galinhas e um sistema de irrigação para ajudar os pais a não gastarem tanto tempo nessas funções, em Cristalina, no interior de Goiás. Estudante de escola pública, deixou a zona rural aos 14 anos e foi para a capital federal, onde cursou ensino técnico em informática no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília. Foi lá que surgiu o interesse em trabalhar com doenças degenerativas e iniciou projetos como o desenvolvimento de um dispositivo de baixo custo para o diagnóstico de Parkinson e um ventilador mecânico para Covid-19, ainda em andamento. “Não sou mais estudante de lá, mas continuo atuando como pesquisador no grupo de computação aplicada à saúde. E não pretendo parar”, diz.

Estudar fora não fazia parte de seus planos – era algo inalcançável, segundo ele. Até que o jovem foi aprovado em programas como o Watson Semester Accelerator e participou da Conferência Internacional de Jovens Cientistas, onde conheceu pessoas que tinham experiências diferentes. Foi quando Wanghley se inscreveu e foi selecionado para a quarta edição da Bolsa Crimson Brasil, que o preparou para o processo de candidatura, com orientação e tutoria para as provas, testes padronizados e entrevistas.

“Recebi cronograma completo da Crimson, todo o apoio e mentores como a estrategista e a especialista em escrita sem a qual eu não teria a qualidade de escrita que tenho hoje”, diz. Para a redação pessoal, Wanghley fez mais de 80 versões até chegar à final, que sintetizou suas vertentes de cientista, engenheiro, solucionador de problemas, humano, irmão e dono de um nome único em um texto de 650 palavras.

Nesse meio tempo, Wanghley passou no vestibular da Unicamp e da UFMG, mas optou por não se matricular, com foco na universidade americana. “Para os meus pais foi complicado trocar o certo pelo incerto, mas eu quis arriscar. O pior que aconteceria seria eu aprender”, conta. Diferentemente de outros processos de candidatura, quando os estudantes tentam vários processos seletivos, o aluno mirou apenas na Duke University, considerada a 9ª melhor universidade dos Estados Unidos pelo US News & Report e a 23ª do mundo segundo o Times Higher Education. “É minha faculdade dos sonhos, então fui aprovado em decisão antecipada, que é quando a gente assina o contrato e rasga outras propostas”, conta ele, ansioso para escrever seu nome na história.

Sobre a Crimson Education

Fundada em 2013, a consultoria educacional e internacional oferece suporte especializado na preparação de alunos para que sejam aceitos nas mais renomadas universidades dos EUA, Reino Unido e Canadá. Anualmente, centenas de alunos da Crimson Education conquistam aprovações em universidades da Ivy League (em que se incluem Harvard e Yale) e em outras instituições renomadas como Stanford, MIT, UCLA, Johns Hopkins University, NYU, UC Berkeley, Oxford, Cambridge, University of Toronto, UBC, entre outras. Neste ano, 40% de alunos brasileiros obtiveram aprovações em uma das 20 melhores universidades dos Estados Unidos, 100% em uma das 10 melhores do Reino Unido e 83% em uma das três melhores do Canadá.